Nada a se contestar nessas prisões do ex-diretor da Emurb, Jackson Marinheiro, e outras 20 pessoas pela Polícia Civil e Ministério Público por desvios de recursos daquele órgão municipal, considerando o agravante de que esta é a segunda vez que o ex-diretor é detido.
A julgar pelas informações repassadas ontem, em coletiva à imprensa, o ex-diretor e alguns empresários formaram verdadeira uma quadrilha para superfaturar preços de produtos e insumos e os prejuízos chegariam a cerca de R$ 7 milhões.
Consta que antes mesmo de ser detido pela primeira vez, o ex-diretor já havia sido demitido pelo prefeito Marcus Alexandre, o que o exime de qualquer culpa e desautoriza os adversários políticos a fazer exploração eleitoreira do caso.
Como se espera também que a Polícia Civil e o Ministério Público conduzam as investigações com seriedade e sobriedade, sem estardalhaços midiáticos, como acontece com a controvertida Operação Lava-Jato.
O que a sociedade não pode mais tolerar neste país é a corrupção, seja em que instância esteja acontecendo. Mesmo que, atualmente, o país esteja sendo governado também por uma quadrilha de ladrões.