Mal refeitos de um novo aumento nos preços dos combustíveis, os consumidores foram surpreendidos ontem com um novo aumento também nos preços do gás de cozinha de 6,9%, dois produtos considerados de primeira necessidade que pesarão e muito no bolso da população de baixa renda.
Considerando que o país já havia chegado, praticamente, com a autossuficiência na produção do petróleo, nada justifica esses reajustes seguidos, quase semanais, nos preços dos combustíveis.
No caso do Acre e outros estados mais distantes, o litro da gasolina passará a custar R$ 4,51 na Capital e nos municípios em torno de R$ 5,00 ou até mais e um botijão de gás de 13 quilos em torno de R$ 70,00 ou mais. E ainda convém lembrar o chamado efeito cascata que esses aumentos provocarão nos preços do frete, dos alimentos e outros produtos.
Mas, a rigor, nada disso surpreende, considerando que esses e outros aumentos de produtos de primeira necessidade fazem parte da política econômica do Governo imposto pelo golpe parlamentar, cujo princípio básico é a perversa lei do mercado. O que importa é o mercado, é a bolsa de valores, o preço do dólar e assim por diante. A economia popular que se dane. O que explica também o silêncio dos “paneleiros”.