X

3ª fase da Operação Êxodo realizou prisões em Rio Branco e outros cinco municípios acreanos

Visando prender pessoas que estavam em conflito com a lei, acusadas de roubo, tráfico, associação para o tráfico, associação criminosa, ataques a patrimônios e homicídios no Acre, foi desencadeada na terça-feira, 12, a terceira fase da Operação Êxodo, pela Polícia Civil através da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco) em conjunto com o Departamento de Inteligência (DI), Divisão de Investigações Criminais (DIC) e Ministério Público do Acre (MP-AC).

Os resultados foram apresentados em entrevista coletiva realizada ainda nesta terça. Ao todo 80 agentes, 8 delegados de Polícia Civil e 6 escrivães no uso de 20 viaturas, trabalharam no cumprimento a 44 mandados judiciais, sendo 28 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.

Os mandados judiciais foram cumpridos em Rio Branco, Tarauacá, Manoel Urbano, Sena Madureira, Bujari e Senador Guiomard.

O delegado responsável pelas investigações, Odilon Neto, detalhou que os trabalhos foram difíceis, mas graças ao apoio de moradores que repassaram informações durante toda a investigação que desencadeou nessa fase.

“Lembro que essa é uma operação a nível estadual. Essa investigação é bem complexa, pois os delitos muitas vezes ocorrem na clandestinidade. Conseguimos, assim, colocar os criminosos atrás das grades, um duro golpe em Rio Branco e outros municípios. A polícia não vai ficar atrás. As pessoas eram monitoradas por câmeras de segurança”, explica o delegado.

Para o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, são efetivos e devem perdurar por mais tempo, inclusive com novas fases na Capital e interior do estado, visto que, em todas as etapas, houve êxito no combate ao crime organizado.

“A operação ocorreu de forma simultânea em três diferentes regiões do Acre. Portela agradeceu a colaboração da sociedade e destacou que o número 181 pode ser usado pela população para aproximar a polícia do cidadão. “A ligação é de graça, com preservação do sigilo e pode ser acessado por qualquer operadora”, disse.

O secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, destacou que nessa fase foram presas lideranças de grupos criminosos e também pessoas que matavam ou mandavam matar integrantes de facções rivais.

“A operação ainda está em andamento. São lideranças e executores de crimes de alto poder lesivo que foram colocados atrás das grades. Nós tivemos armas e drogas apreendidas, isso parece um discurso corriqueiro. Na verdade, estamos fazendo isso rotineiramente. Veja essa união entre as forças policiais, Ministério Público e Poder Judiciário fazem com que se demonstre claramente que organizado é o Estado democrático de direito”, destacou Farias.

O promotor de Justiça Bernardo Albano afirma que o MPE/AC atua ao lado da Polícia Civil desde o início da operação. Segundo ele, durante a ação foram descobertas as autorias de diversos crimes como homicídios, roubos e tráfico em Rio Branco.

Segundo ele, ao longo desse período, foram 460 pessoas denunciadas em 2016 e com os dados desse ano, o número sobe para mais de 600 pessoas que estão sendo responsabilizadas pelos crimes que cometeram. “São dados expressivos no combate à criminalidade”, afirmou.

A 1ª fase da operação foi realizada em setembro de 2016 e cumpriu 82 mandados e a segunda fase foi deflagrada em abril deste ano e cumpriu 79 mandados.

Itens apreendidos

Um dos itens que foram apreendidos pela polícia foram câmeras de segurança. De acordo com o delegado Odilon Neto os equipamentos eram utilizados para monitorar a entrada e saída de pessoas em uma boca de fumo.

“Além disso, os criminosos também usavam segurança armada na entrada do local. Nesse local apreendemos armas de fogo, uma delas de uso restrito”, detalhou o delegado.

Foto/ Quésia Melo-G1
A Gazeta do Acre: