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Sanha acusatória

[dropcap]N[/dropcap]a medida em que a pré-campanha eleitoral vai tomando fôlego, começam também a surgir denúncias contra este ou aquele candidato, mesmo partindo de órgãos fiscalizadores da coisa pública, sem os devidos critérios e cuidados elementares.
Vale repetir sempre: nada a opor que se combata a corrupção, a começar pelos superiores da República, como está ocorrendo com o presidente da República e alguns ministros que o cercam, acusados de organização criminosa e obstrução da Justiça. No caso, porém, denúncia feita pela Procuradoria Geral da República com farto material de provas contundentes.
Não é o caso, dessa denúncia estampada ontem em manchetes na mídia local contra o prefeito de Rio Branco, provável candidato a governador do Estado, e contra um empresário ligado a outro político também candidato a governador, envolvendo supostos desvios de recursos do Deracre.
O prefeito já se manifestou a respeito e, com razão se mostrou surpreso, pois, segundo ele, sequer foi notificado sobre o caso, sentindo-se prejudicado no seu direito de defesa. Ou seja, era de se esperar que o autor da denúncia, o procurador da República Ronaldo Meira de Vasconcelos Albo, tivesse tido o cuidado de ouvir ou pelo menos notificar os acusados.
Sim, o Brasil precisa ser passado a limpo, mas não com essa sanha acusatória ou de “justiceiros”, que se julgam acima do Estado Democrático do Direito, como ocorre com a chamada “República de Curitiba”.

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