Cessado o barulho da pirotecnia que se pretendeu fazer em torno da chamada Operação Buracos, com os dois lados apresentando suas versões, o recomendável é que as instituições, pagas com o dinheiro público, voltem ao trabalho.
No caso do prefeito Marcus Alexandre,a recomendação é dispensável, considerando que ao amanhecer ele já se encontra nas ruas coordenando e fiscalizando as várias frentes de trabalho. Por sinal, comentava-se ontem que foi, talvez, o único político que a Polícia Federal não encontrou ou surpreendeu em casa, porque já havia saído para trabalhar.
Já sobre a Polícia Federal, a sociedade espera e está a exigir também o mesmo empenho na prevenção e combate ao narcotráfico, que está entrando livremente pelas fronteiras e que é uma de suas primeiras obrigações. A mesma expectativa a sociedade tem para com o Ministério Público Federal.
Ainda na semana passada, o Acre sediou um importante encontro de governadores, ministros e outras autoridades para debater a grave questão do narcotráfico.Lamentavelmente, não compareceram nem a procuradora-geral da República nem o diretor-geral da Polícia Federal. O que levou o governador Tião Viana declarar que se fosse na Alemanha ou no Canadá, certamente, compareceriam,
Em suma, é o que a sociedade quer e exige: menos pirotecnia e mais trabalho.