Pode-se e deve-se reagir, protestar contra esses aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis e agora, como se anunciou ontem, um aumento de 2,65% das tarifas de energia elétrica para as residências aqui no Estado, que passará a vigorar no próximo dia 30.
A rigor, porém, esses aumentos não deveriam surpreender, porquanto fazem parte da política econômica do atual Governo Federal que toma as decisões de acordo com as regras do mercado, sem levar em conta se irão ou não onerar o contribuinte, mesmo as famílias de baixa renda. O que importam é o mercado, a Bolsa de Valores, as oscilações do dólar e assim por diante.
No caso dos combustíveis, o Acre já está pagando o maior preço do país pelo litro da gasolina. O que, inevitavelmente, terá consequências, pelo chamado efeito cascata, na elevação do frete e nos preços dos gêneros de primeira necessidade, como os de alimento. O mesmo processo vai acontecer com o aumento das tarifas de energia.
Para um país que havia chegado à autossuficiência na produção de petróleo, é evidente que não se pode aceitar essas verdadeiras agressões à economia popular. Mas enquanto a sociedade não se conscientizar e reagir, o que vale, como se disse, é o mercado. E no caso da energia, será ainda pior, porquanto o Governo já teria decidido privatizá-la.