O ideal é que, ao invés de uma delegacia de polícia , o Governo estivesse começando a construir uma nova escola ou uma creche, um posto de saúde na Cidade do Povo ou qualquer outro bairro.
Contudo, com o aumento dos índices de criminalidade não há outra alternativa e dar segurança às comunidades é uma necessidade e obrigação do setor público. O Governo, portanto, está fazendo a sua parte,mas a comunidade precisa fazer também a sua.
Aliás, nesta questão sobre a criminalidade, a tendência sempre é a de responsabilizar o Governo, as forças de segurança, que faz parte, sem dúvida, mas é preciso também introduzir nesse debate o que as diversas entidades, como a escola, as igrejas, as associações de bairros e outras estão fazendo para auxiliar, sobretudo. na prevenção da violência.
Em outros tempos, as associações de bairros, as comunidades eclesiais de base já foram mais atuantes, reunindo os moradores para debater os problemas e encaminhar soluções. A impressão que se tem hoje – e não é só impressão – é que essas entidades ou não existem mais ou se fecharam em copas, ignorando os problemas que existem à sua volta, trazendo desassossego aos moradores.
Sem eximir o poder público de suas responsabilidades, a sociedade organizada pode e deve contribuir sim para a solução dos problemas. Assim, fica mais fácil.