Qualquer retrospectiva que se faça agora ou no futuro sobre 2017 será qualificada como “o ano da vergonha” por conta do “balcão de negócios” que o presidente da República imposto por um golpe montou no Congresso Nacional para se livrar das graves denúncias comprovadas de corrupção e, pasmem!,de formar uma “organização criminosa” com seus principais ministros.
Salvando as devidas exceções, tudo isso aconteceu com a participação de um Congresso Nacional igualmente corrupto e também sob a complacência da Corte Suprema de Justiça do país que assistiu a tudo e lavou as mãos, como se isso fosse possível.
Não satisfeito, o mesmo presidente usou e ainda está usando o mesmo “balcão” para aprovar algumas reformas, como as das leis trabalhistas e da Previdência, usurpando direitos assegurados das classes trabalhadoras, chegando ao ponto de tentar reintroduzir o “trabalho escravo” no país.
Evidentemente, que as consequências dessas negociatas atingiram os estados e municípios e a maioria deles está chegando ao final do ano sem condições de pagar o funcionalismo público. Só alguns poucos, como o Acre, escaparam, graças aos esforços que os governos locais fizeram para manter as finanças públicas sob rígido controle e ainda conseguiram investir e apoiar projetos de desenvolvimento sustentáveis.