Pressionado por dezenas de governadores, o presidente da República, em encontro que teve com o novo diretor da Polícia Federal, acenou com a criação de uma “polícia fardada” para vigiar as fronteiras do país com os países tidos como aos maiores produtores e exportadores de drogas.
No entanto, não estabeleceu nada de concreto. Ou seja, nada foi adiantado de como e quando essa polícia começaria a atuar, os recursos disponíveis e outros dados. A impressão que se tem é a de que foi apenas para dar uma satisfação à opinião pública, como se funcionasse, considerando a rejeição de mais de 90% da sociedade brasileira.
De qualquer modo, fica o registro para os governadores e políticos continuarem denunciando a completa omissão do Governo Federal e cobrando a sua obrigação de fazer a sua parte na prevenção e combate à criminalidade que, na maioria dos estados, fugiu do controle dos governos locais, justamente, porque se alimenta do narcotráfico, do contrabando de armas e outros crimes.
O próprio governador Tião Viana já alertou que o Brasil, atualmente, é “uma Colômbia dos anos oitenta” do narcotraficante Pablo Escobar e, recentemente, outros governadores, como o de Goiás, onde ocorreram rebeliões e chacinas dentro de presídios, também foi incisivo em cobrar providências.