Ainda é cedo para assegurar que não haverá novas cheias dos rios Acre e Madeira, considerando que haverá ainda dois meses de “inverno amazônico”, mas, pelo sim, pelo não, mais uma vez constata-se que tanto os poderes públicos quanto a sociedade não estão cumprindo a lição básica e fundamental da preservação ambiental em torno desses mananciais e seus afluentes.
Convém sempre lembrar que a Amazônia só existirá enquanto houver abundância de água e floresta. Sem esses dois componentes, a região se transformará em um imenso deserto ou savana, como já se verifica em parte em alguns estados onde não se tomaram os mínimos cuidados com a sua preservação.
E quando se fala em preservação no caso dos rios, igarapés e outras fontes de água, está-se se falando da necessidade urgente e imperiosa de manter ou restaurar as matas ciliares em seu entorno e extensão. Como a necessidade de evitar a poluição com os mais diferentes tipos de sujeira, como esgotos, lixo etc.
No caso do Acre, que ainda mantém mais de 80% de sua floresta preservada, ainda há tempo de cumprir com essa lição elementar, sem prejuízo de produzir e alavancar seu desenvolvimento, como o atual Governo do Estado está fazendo com as chamadas cadeias produtivas e mesmo com a pecuária e cereais, como o milho, a mandioca. Contudo, sempre dentro dos limites do Código Ambiental e do bom senso.