Com operações mais frequentes e incisivas das Polícias Militar e Civil nas últimas semanas, desarticulando quadrilhas e prendendo chefes das facções criminosas houve uma leve sensação de segurança entre a população, o que reforça a tese de que polícia nas ruas, em ações coordenadas, sempre dá bons resultado.
Contudo, não se pode ter ilusões de que o crime organizado baixou a guarda e, se não houver recursos para combater o narcotráfico e o contrabando de armas nas fronteiras com os países vizinhos, as facções voltarão a atacar. Talvez, até com mais virulência com a migração de seus chefões que estão sendo encurralados no Rio de Janeiro com essa discutível intervenção militar no Rio de Janeiro.
O Acre, como outros estados, não precisam de intervenção do Exército, como um dos parlamentares aqui do Estado já andou sugerindo. Como bem assinalou o senador Jorge Viana, basta que o Governo Federal libere os R$ 39 milhões de emendas parlamentares que a bancada federal solicitou para a área de segurança e as forças de segurança nacional cumpram com sua obrigação constitucional de vigiar as fronteiras.
O que, aliás, o governador Tião Viana e outros governadores reunidos aqui em Rio Branco, já haviam reivindicado com insistência e o Governo Federal fez ouvido de mercador, preferindo lançar essa operação no Rio de Janeiro, ignorando que não se combate violência com mais violência e, como sempre, criminalizando as populações mais pobres.