Embora o governador Tião Viana tenha classificado como positiva a reunião dos governadores com o presidente Michel Temer, a rigor, as decisões anunciadas já vinham sendo reivindicadas e estão enunciadas na Carta do Acre, divulgada em outubro do ano passado, quando estiveram reunidos aqui em Rio Branco.
Assim como os recursos anunciados pelo presidente ficaram aquém do que os governadores esperavam, considerando que os R$ 10 bilhões previstos no orçamento do ano passado foram reduzidos pela metade e os Governos estaduais ainda terão que negociar as condições com o BNDES.
Mesmo assim, a sociedade espera e exige que, com essa reunião, o presidente e seus ministros tenham, enfim, se dado conta da gravidade do problema da criminalidade que atinge todos os estados e cumpram o que foi decidido.
No caso do Acre e outros estados que fazem fronteira com os países produtores e exportadores de drogas, é de esperar que, com urgência, seja instalado o Sistema Único de Segurança Pública, pelo qual as forças de segurança nacionais, como a Polícia Federal, operem em conjunto e com os devidos recursos técnicos e humanos com as polícias locais para combater o narcotráfico e o contrabando de armas.
De sua parte, a sociedade civil organizada precisa também cobrar o cumprimento dessas medidas anunciadas e pactuadas esta semana e não apenas ficar resmungando pelos cantos.