Depois da Procuradoria Geral da República, agora foi a vez do Ministério Público Federal ordenar o arquivamento em definitivo de um inquérito instaurado pela Operação Lava Jato contra o governador Tião Viana, no qual era acusado de ter recebido cerca de R$ 300 mil de uma empresa qualquer, através do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para ser usado em campanha eleitoral.
Repetidas vezes, o governador já havia reiterado sua inocência, mas o fato convém ser ressaltado para mostrar e repudiar os métodos pouco ortodoxos e policialescos que uma parte de agentes do Ministério Público e da Polícia Federal têm utilizado para acusar sem provas e, por conseguinte, denegrir a imagem de pessoas de bem.
Aliás, ainda há poucos dias, um desses procuradores da Operação Lava Jato, numa conferência em uma faculdade aqui em Rio Branco, fez referência a esta acusação contra o governador, fazendo “gracinhas” sobre o codinome que constava nas anotações da controversa Operação. Agora, era se esperar que pedisse pelo menos desculpas, mas como se trata de um falastrão é pouco provável que o faça.
Não, não se trata aqui de defender o governador, porque ele já o fez. Trata-se de mostrar mais um exemplo e repudiar esses métodos seletivos, inconstitucionais e, como se disse, policialescos desses operadores da Justiça, que já fizeram tantas vítimas ao longo desse processo e que tem levado o país a essa crise política e inconstitucional. Ou se poderia mesmo afirmar a uma ditadura disfarçada.