O próprio ministro da Fazenda já havia admitido, recentemente, que era preciso suspender os sucessivos e abusivos reajustes nos preços dos combustíveis que vinham sendo anunciados quase todas as semanas, mas, como tudo neste Governo não se sustenta, ontem a Petrobras decretou novos reajustes nos preços do óleo diesel e da gasolina.
Com esses novos reajustes, os preços desses dois produtos, em alguns estados, deverão chegar ou até mesmo ultrapassar R$ 5,00 o litro, desencadeando, por tabela, o aumento no frete e nos produtos de primeira necessidade, atingindo, de modo particular, os estados mais distantes como o Acre.
O que revolta é que o país já chegou praticamente à autossuficiência na produção de petróleo, mas como tudo neste Governo o que vale é a lei do mercado, a Petrobras segue a risca este princípio, sem levar em consideração a situação das populações mais carentes que, em muitos estados, já tiveram que substituir o gás de cozinha pelo carvão.
E o que admira é que não se ouve nenhuma ponderação ou protesto da classe política, de modo particular dos articulares e apoiadores do atual Governo nem da classe média que saía às batendo panelas para protestar contra o Governo passado, quando decretava, sazonalmente, algum aumento.
Na verdade, não surpreende, porque se trata de uma classe egoísta, burra, que se deixa manipular pela chamada grande mídia – esta sim agora se locupletando com os recursos da propaganda oficial.