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Associação Família Azul realiza passeata nesta quarta-feira, 4

Como parte da programação alusiva ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no último dia 2, a Associação Família Azul realiza nesta quarta, 4, uma passeata no Centro da capital acreana. A concentração está marcada para 7h30 em frente ao Comando da Polícia Militar. De lá, os participantes seguem até a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

Ainda na segunda, o grupo participou de uma audiência pública na Câmara de Vereadores da capital, onde reivindicaram políticas públicas pra pessoas com o transtorno do espectro autista, na Câmara de Vereadores de Rio Branco.

O presidente da Associação Família Azul, Abraão Carlos Púpio, confirma que a entidade ajuda a quem procura por orientação.

“Muitas vezes em um simples diálogo você já consegue tornar o seu dia a dia menos doloroso. Sabemos que é difícil e queremos ajudar”, explicou.

Púpio explica que pesquisas recentes mostram que uma em cada 68 pessoas no mundo possui autismo. No Acre, segundo ele, conforme a proporção de habitantes, o número seria de 9 mil autistas, mas a maioria não possui diagnóstico.

Outra realidade triste para o público é a falta de inclusão no ensino regular, principalmente na rede pública. “É preciso discutir de modo muito sério a inclusão. Não basta pegar uma pessoa autista e jogar no ensino regular. Se não tiver um mediador, treinamento e capacitação, esse aluno não vai desenvolver as suas potencialidades”, ressaltou.

A coordenadora da Educação Especial no Acre, Úrsula Maia, explica que as salas realizam o Atendimento Educacional Especializado possuem como principal objetivo identificar, elaborar e organizar os recursos pedagógicos para incentivar a participação dos alunos, considerando as necessidades específicas de cada um.

Em 2008, quando surgiram as Salas de Recursos Multifuncionais no Acre, existiam apenas dez unidades desses espaços. Hoje, são 334 salas divididas nos 22 municípios, cumprindo o decreto nº 6.094/2007, que estipula a garantia do acesso e da permanência na rede pública de ensino.

 

A Gazeta do Acre: