Durante dois dias, reitores e ou seus representantes de 30 institutos federais estarão reunidos aqui no Estado para tratar de assuntos diversos, como mobilidade estudantil, elaboração de propostas para a educação profissional nos próximos anos, além de outros assuntos como ensino, educação de campo, relações internacionais e outros.
Que o debate seja, realmente, profícuo e apresentem boas propostas e resultados, pois este é o papel das universidades e institutos afins.Porém, na atual crise institucional e política que jogou o país no caos, a sociedade espera que as universidades também façam ouvir sua voz, apresentando sugestões e se posicionando diante de tantos descalabros.
Em outros tempos, essas instituições, através de seus professores como estudantes, já foram mais atuantes e pode-se mesmo afirmar, por exemplo, que tiveram um papel fundamental na redemocratização do país, com o fim da ditadura militar.
Atualmente, diante do golpe parlamentar que delegou ao país um Governo ilegítimo e corrupto, com raras exceções, pouco ou nada se viu e ouviu das universidades. E mesmo diante do estado policialesco, que está imperando no país e levou um reitor de Santa Catariana ao suicídio, era de se esperar que as universidades reagissem com vigor, mas nada aconteceu.
Não, não se trata de fazer política partidária. Trata-se de se indignar e marcar posição diante dessa conjuntura vergonhosa em que vive o país. Ou os dirigentes e estudantes estariam satisfeitos e coniventes com esses atos e com política educacional desse Governo?