A pergunta mais óbvia que se ouve em todo o país é a de por que os caminheiros, mesmo sendo atendidos em suas principais reivindicações pelo Governo, transmitidas pela televisão pelo presidente da República, não acabaram com a grave ou paralisação e, segundo ministros do próprio Governo, ainda persistiam mais de 550 pontos de concentração da categoria de Norte a Sul do País?
E a resposta, também, óbvia é a de que as reivindicações foram parcialmente atendidas, no caso, nem se tocou no preço da gasolina, do gás de cozinha, mas, sobretudo, porque a categoria, como 90% dos brasileiros, não acreditam neste Governo ilegítimo, incompetente e corrupto.
Tanto é que por ironia ou farsa, no momento em que o presidente da República apareceu no vídeo, ouviram-se pelo país afora, panelaços, buzinaços e outras manifestações de insatisfação e galhofa.
Como bem assinalou nas redes sociais o governador Tião Viana, “o Governo Federal está pagando o preço da falta de rumos, da falta de investimentos, da paralisia”.
E poderia ter acrescentado da burrice, porque ontem mesmo, o ministro da Fazenda veio a público para declarar que impostos deverão ser majorados para compensar as concessões feitas com o óleo diesel, como se a carga tributária desse país já não fosse uma das mais altas do mundo.