É grave, muito grave esse episódio estampado ontem pela mídia, segundo o qual membros do Comando Vermelho atacaram uma guarnição na cidade de Porvernir, na Bolívia, e roubaram fuzis, pistolas e munições.
É grave porque, se providências não forem tomadas, com urgência, o fato poderá abrir precedente para outras investidas dessas facções criminosas que vêm agindo livremente com as fronteiras abertas, escancaradas, aqui no Acre, como em outros estados amazônicos que fazem divisa com os países tidos como maiores produtores e exportadores de drogas e o contrabando de armas.
O Governo do Estado, através da Polícia Civil, já se pronunciou sobre o assunto. O Governo boliviano também, mas até agora o Governo Federal, que tem a responsabilidade maior e primeira em guarnecer as fronteiras permanece calado, omisso e, provavelmente, assim permanecerá, como tem feito até agora.
Depois de tudo o que já se falou sobre essa questão, é de perguntar que reforços a Polícia Federal sediada aqui no Estado tem recebido para enfrentar o problema? Ao que sabe nenhum. Sem desmerecer o trabalho de seus agentes, o contingente e recursos técnicos estão bem aquém do que se exigiria.
Contudo, o que se tem assistido é que, repetida vezes, mais de uma centena de agentes e delegados são mobilizados para realizar as tais conduções coercitivas para prender alguns acusados nos grandes centros, para alimentar os chamados espetáculos midiáticos.