Foi preciso que uma juíza do Rio de Janeiro decretasse a suspensão da privatização da Eletrobras e suas distribuidoras, entre elas a Eletroacre, para alertar a sociedade e, de modo particular, a classe política sobre os impactos que esse processo poderá acarretar para os estados que estão sendo atendidos por essas empresas.
Por se tratar de uma decisão da Justiça do Trabalho, a juíza Raquel de Oliveira Maciel estipulou prazo de 90 dias para as empresas apresentar um estudo sobre os impactos da privatização nos contratos de trabalho.
Com efeito, trata-se de uma preocupação que aflige milhares de trabalhadores que, na atual conjuntura da crise econômica, politica e institucional na qual o país está mergulhado, poderão somar-se aos quase 14 milhões de desempregados já existentes no país.
Além desse aspecto, há outros questionamentos que devem ser feitos sobre a privatização dessas empresas e neste ponto era de esperar que governantes e a classe política estivessem atentos e tomando posições, o que não se viu até agora.
Por exemplo, no caso do Acre e outros estados da Amazônia, é de se questionar se as empresas privadas manterão e ampliarão programas como o Luz para Todos, que visam beneficiar as populações mais distantes dos centros de distribuição de energia. Será,considerando que para essas empresas o que interessa, acima de tudo, é o lucro e tão somente o lucro?