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Nada a dizer?

Com a decisão irrevogável do Governo Federal em privatizar a Eletrobras e suas subsidiárias como a Eletroacre, os servidores prometem uma paralisação geral nos próximos dias para chamar a atenção da sociedade para mais uma medida arbitrária e entreguista deste Governo e as consequências que deverão ser desencadeadas, como as demissões de milhares de trabalhadores.
O que intriga e indigna é que a classe política, de modo particular a bancada federal, com uma ou outra exceção, permanece alheia e omissa sobre a questão, ignorando os vários aspectos perversos dessa medida.
O primeiro deles é o de que o atual Governo imposto pelo golpe parlamentar e com um presidente que bateu o recorde de rejeição da sociedade, não tem legitimidade para tomar essas decisões, vendendo a preço de banana o patrimônio nacional, como fez com o pré-sal. E o resultado é que se está assistindo com os aumentos sucessivos dos preços dos combustíveis.
No caso da Eletrobras, além das demissões de seus funcionários, a sua privatização desmontará alguns programas sociais como o Luz para todos. Ou alguém pode garantir que empresas privadas, que visam o lucro e tão somente o lucro, estarão preocupadas em levar energia paras as populações mais distantes e carentes?
O que se pergunta é que, diante dessas e outras consequências perversas, a classe política não tem nada a dizer e se insurgir para impedir que se consuma mais uma atrocidade desse Governo?

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