O aumento da tarifa de ônibus na Capital virou uma novela espichada de mau gosto e até agora não se tem uma decisão sobre a questão, deixando os usuários e empresários do setor apreensivos, sem saber quem tem o poder de definir o preço a ser cobrado.
Até então, uma prerrogativa do Conselho Tarifário, que reúne representantes dos vários setores envolvidos na questão, de repente começaram a surgir vários outros órgãos pretendendo chamar para si a responsabilidade de decidir sobre qual a tarifa mais conveniente.
Até se entende que a Câmara Municipal defenda sua participação, considerando que, bem ou mal, representa os interesses da população. O que não se entende é por que a Assembleia Legislativa tenha que se meter no assunto e até formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar supostas irregularidades.
Se há irregularidades – e deve haver – como se disse, é uma tarefa para os vereadores apurarem, pois é de sua responsabilidade. Como não entende por que a palavra final deveser do Ministério Público, como uma procuradora está reivindicando e, no caso, é de se perguntar se deputados ou membros do MP pegaram ônibus pelo menos uma vez para saber como o setor funciona.
Fato é que a questão está a exigir uma decisão e a prefeita Socorro Neri precisa decidir, sem mais delongas por um preço justo e acessível à população.