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Escancarou de vez

Aquilo que se previa e se temia escancarou de vez: a disputa ou a guerra entre as fações criminosas chegaram e ultrapassaram as fronteiras do Acre com os países vizinhos, Bolívia e Peru, e na disputa pelo narcotráfico e contrabando de armas começaram a deixar o rastro de sangue, como ocorreu com uma chacina de quatro mortos em Assis Brasil.
Acrescente-se a este episódio o que aconteceu há duas semanas quando membros de uma dessas facções atravessaram a fronteira e assaltaram um quartel na cidade de Porvenir, na Bolívia, de onde levaram fuzis, pistolas e munições.
Com a campanha ou pré-campanha eleitoral em curso, alguns setores políticos tentam jogar sobre as costas do Governo local a responsabilidade sobre esse aumento da criminalidade no Estado com a chegada desses grupos criminosos. Podem confundir, num primeiro momento, mas num debate mais sério não vão conseguir. Como já se disse, toneladas de cocaína e fuzis não são produzidas no Caladinho.
A sociedade é testemunha da preocupação e dos alertas constantes que o Governo do Estado vem dando sobre a omissão do Governo Federal em guarnecer as fronteiras e combater o narcotráfico, mas nada fez por se tratar de um Governo já em falência múltipla dos órgãos.
Além disso, vão se deparar com estatísticas e dados insuspeitos, como os divulgados, recentemente pelo Ministério Público de São Paulo, segundo os quais, o Acre se tornou “território estratégico” para essas facções pela larga fronteira desprotegida com o Peru e a Bolívia.

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