Em um evento singular da atual campanha eleitoral, com a hashtag #elenão disseminada pelas redes sociais nos últimos dias, mulheres de todo o país saem às ruas hoje para denunciar e protestar contra o comportamento e as declarações do candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro.
Taxado como homofóbico, racista, neonazista, o que levou as mulheres inclusive a tratá-lo como o “coiso”, o candidato faz jus a todos esses qualificativos, como se disse, pelas suas declarações e comportamento ao longo de sua vida pública e privada, a ponto de declarar que “foi uma fraquejada” ao ter uma mulher entre seus filhos homens.
Porém, tudo isso já se sabe e o importante é que se analise e se reflita sobre as causas que levaram um sujeito desqualificado como este a liderar, pelo menos, por enquanto, as pesquisas de opinião pública. E neste aspecto, um dos candidatos a presidente, Ciro Gomes, foi preciso ao declarar que quem criou ou pariu Bolsonaro “foi a elite brasileira – os machos, os brancos e ricos”.
Não só a elite, mas também setores do Poder Judiciário, inclusive da mais alta Corte do país, que a tudo assiste omissa e até mesmo conivente, como se assistiu há poucos dias, quando o dito candidato foi absolvido por um dos ministros do STF sob o argumento falacioso de imunidade parlamentar ao fazer mais uma de suas declarações perversas incitando o ódio contra os negros e quilombolas.
Pelas pesquisas mais recentes, sorte é que o povo brasileiro não permitirá que se cometa esse “suicídio coletivo”, elegendo esse sujeito ou “coiso” como presidente.