Como já se assinalou nada a contestar sobre os resultados das urnas da eleição para o novo presidente da República, contudo, a sociedade precisa acompanhar de perto e tomar posições sobre algumas questões polêmicas que serão adotadas a partir dos primeiros dias ou meses do novo Governo.
E uma dessas questões é o Estatuto do Desarmamento que o novo presidente afirmou, repetidas vezes durante a campanha eleitoral, que irá mudar radicalmente, facilitando ao máximo para que o cidadão tenha acesso mais fácil às armas para se defender da criminalidade.
Com o país já praticamente dominado pela violência e a criminalidade com a atuação das famigeradas facções criminosas, é preciso debater com maior seriedade e profundidade essa questão, sob o risco de se deflagrar uma verdadeira “guerra civil” com o acesso e a posse indiscriminados de armas.
Evidentemente que o cidadão tem o direito de se defender e defender sua família e seu patrimônio. Contudo, essa defesa precisa partir antes de tudo das forças de seguranças e é a elas que o Estado deve proporcionar as condições necessárias para enfrentar a criminalidade e não ao cidadão, isoladamente, preso em sua residência.
Aqui mesmo no Estado, se teve dois exemplos emblemáticos nos últimos dias. O assassinato do médico de Feijó, Doutor Baba, que mesmo possuindo uma arma não teve condições de se defender, e dois soltados do Corpo de Bombeiros da Capital que foram feridos, um deles gravemente, numa troca de tiros entre duas facções.