No Dia das Crianças, que se comemora hoje, elas merecem presentes e, sobretudo, muita atenção e carinho, mas deve servir também a seus pais e a sociedade para uma séria reflexão sobre alguns graves problemas que ameaçam seu futuro.
Por exemplo, ainda recentemente, o Ministro Público Estadual divulgou um estudo, segundo o qual as famigeradas facções criminosas não estariam aliciando só adultos e adolescentes aqui no Acre, mas até crianças para reforçar seus quadros e utilizá-las como “aviõezinhos” no narcotráfico e, por conseguinte, no mundo da criminalidade.
Diante dessa perversa constatação, é de se perguntar que futuro terão essas crianças e adolescentes e o que os poderes públicos, as famílias, as escolas, as igrejas e outras instituições estão fazendo para evitar essa tragédia?
E não para por aí. Diante da atual conjuntura política do país, o que se pode prever e esperar do futuro, quando um dos candidatos a presidente da República, que lidera as pesquisas, faz questão de pegar uma criança no colo e induzi-la a apontar uma arma com os dedos como se fosse uma arma?
Até se poderia sobrelevar que se trata de uma brincadeira, mas não é. Pelo seu histórico e, sobretudo, pelas ideias e comportamento neofascista revelado ao longo da campanha eleitoral, é assim que ele pensa e é o futuro que está apontando para as futuras gerações deste país.
É esse futuro que se quer para nossas crianças? É esse futuro que se quer para este país?