Aquilo que se previa acabou acontecendo antes mesmo da consumação do fato. Como se está divulgando, antes mesmo da assinatura do contrato de concessão, o Ministério das Minas e Energia já autorizou o reajuste das contas de energia para as empresas privadas que venceram o leilão para adquirir a Eletroacre e a Ceron, em Rondônia.
Este será um dos primeiros resultados da perversa política de privatizações implementada pelo moribundo presidente da República, Michel Temer, que a sociedade terá que pagar nos próximos anos, além de outros insumos essenciais como o dos combustíveis, cujos preços atingiram níveis proibitivos para a população mais pobre que está sendo obrigada a trocar o gás pela lenha ou carvão.
Neste caso das privatizações no setor de energia, além do aumento da tarifa na conta de luz, com certeza, centenas, milhares de trabalhadores serão demitidos e se somarão aos 13 milhões de brasileiros desempregados e outros milhões que simplesmente desistiram de procurar emprego com a economia estagnada ou vivem dos chamados “bicos”.
Alguém poderia argumentar que essas empresas eram deficitárias, estavam acumulando ano após ano prejuízos. É verdade, mas por falta de gestão de seus dirigentes e de uma política eficiente dos sucessivos governos.
Mas, como se assinalou, tudo isso já estava previsto e pode ainda piorar, a se confirmarem os resultados das pesquisas para a eleição do próximo presidente da República, um energúmeno que “não sabe distinguir dívida pública de uma pistola”. E ontem mesmo declarou que, se eleito, quer “um Brasil de 40, 50 anos atrás”.