Nada a contestar sobre os resultados das urnas, só a fazer sérias interrogações sobre o futuro deste país com a eleição do capitão deputado Jair Bolsonaro que, ao longo da campanha eleitoral, provocou todo tipo de polêmicas com suas ideias e comportamento fascistas.
Por exemplo, não foi sem propósito que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STFF), Joaquim Barbosa, declarou poucos dias antes da eleição que “Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo”. Por isso, acrescentou que votaria no candidato concorrente, Fernando Haddad.
Não foi sem propósito também que os principais jornais estrangeiros manifestaram antes e depois da eleição sua preocupação com os destinos do país, a ponto de um deles assinalar, com certo exagero de linguagem, que a eleição de Bolsonaro significa “um mergulho no obscurantismo, abrindo as portas do inferno”.
De outra parte, esse resultado das urnas deve servir de lição para as chamadas forças progressistas que se acomodaram, desconectando-se das populações mais carentes, permitindo que as elites brasileiras, através da chamada “grande mídia”, manipulassem a classe média e os mais pobres com o discurso hipócrita da corrupção e da violência.
Porém, nem tudo está perdido. O desafio agora é resistir, em todas as frentes, impedindo retrocessos democráticos e conscientizando a população, os trabalhadores sobre seus direitos adquiridos. Com certeza, não será dando armas que este país superará essa aguda crise econômica, política e institucional.