Até agora, pelo menos, oficialmente, o governador eleito Gladson Cameli tem declarado e reiterado que pretende conduzir o processo de transição de forma civilizada e cordial, tendo inclusive trocado telefonemas com o atual governador Tião Viana e os dois devem se encontrar por esses dias para uma conversa formal sobre a situação financeira do Estado e outros assuntos correlatos.
E agindo dessa forma, o governador eleito estaria sendo coerente com o que pregou durante toda a campanha eleitoral de que pretende fazer um governo “sem perseguições” e que assim seja.
Da parte do atual governador também existe a mesma disposição para se fazer uma transição tranquila, com diálogo. A questão, tanto de um lado como de outro é desestimular conflitos e rixas da chamada “política pequena”, contendo os “cabeças quentes”, que não contribuem em nada para o bem estar da sociedade.
Evidentemente que isso não impede que o governador eleito faça um levantamento completo da situação financeira do Estado e, a partir daí, estabeleça as metas do seu plano de Governo anunciadas ao longo da campanha, corrigindo o que deve ser corrigido, mas também reconhecendo os acertos da atual administração.
Como já se assinalou, na atual conjuntura política do país marcada pela insensatez, o Acre pode e deve dar o exemplo de civilidade e de bom senso, lembrando sempre que a alternância do poder faz parte do regime democrático.