Com a possibilidade real apontada pelas sucessivas pesquisas de que o candidato do Partido dos Trabalhadores e das forças progressistas pode e deve chegar ao segundo turno da eleição para presidente da República, os mentores e executores do golpe, há menos de uma semana do pleito, tentam ainda algumas investidas para impedir esse processo.
Recolhido há algum tempo, mesmo contrariando parecer do Ministério Público Federal por falta de provas, o juiz Sérgio Moro da “organização” Lava Jato, liberou parte da delação do ex-ministro Antônio Palocci, justamente aquela em que ele acusa o ex-presidente Lula de saber e concordar com todo o esquema de corrupção na Petrobras.
Naturalmente que, em conluio com a Rede Globo, a decisão foi amplamente divulgada, tentando com isso prejudicar a imagem e a subida nas pesquisas do candidato petista, Fernando Haddad.
Não bastasse essa manobra espúria, antes disso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, já havia batido de frente com a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que havia autorizado entrevista com o ex-presidente Lula a pedido do jornal Folha de S. Paulo, no que foi seguido pelo presidente da Corte, Dias Toffoli.
Diante de tamanha arbitrariedade, que respeito esses magistrados, reconhecidamente partidários, podem esperar da sociedade se atentam contra os mais elementares princípios constitucionais?
Ou seja, não há como não concordar com o grande pensador Bertold Brecht ao proferir que “alguns juízes são absolutamente incorruptíveis; ninguém consegue a induzi-los a fazer Justiça”.