Depois de oito meses, a prefeita da Capital, Socorro Neri anunciou ontem uma reforma administrativa, sem rupturas ou alardes, mas obrigada pela situação, segundo ela, que os gastos com a máquina administrativa são superiores aos recursos constitucionais e os arredados através dos diversos impostos.
Conforme se está divulgando, a reforma consiste no corte de 134 cargos, a extinção e junção de várias secretarias, o que representará uma economia de R$ 12 milhões para serem investidos em serviços essenciais básicos, como Saúde e Educação e a abertura e manutenção da malha viária da cidade.
Efetuada com os devidos critérios, trata-se de uma medida sempre sentida pelos servidores atingidos, mas necessária na atual conjuntura da crise econômica que ainda persiste e até se profundou e com os sucessivos cortes de repasses do Governo Federal que vêm amargando os estados e municípios do país inteiro.
O que indigna e revolta é que na contramão desses cortes, esse mesmo Governo moribundo acabou por conceder um substancial reajuste aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), cujo efeito cascata representará um déficit de mais de R$ 4 bilhões aos cofres públicos.
E pelo que se está assistindo com o próximo Governo que assumirá em janeiro não será diferente. Pelo que vê anunciando os ministros anunciados, a ordem é privatizar tudo.