A julgar pela entrevista a este jornal, divulgada no último domingo, pelo governador eleito Gladson Cameli, o processo de transição deverá transcorrer de forma republicana e pacífica e isso é bom o Estado e para a sociedade.
Ele próprio fez questão de registrar o acolhimento cordial que ele e sua equipe de transição receberam do governador Tião Viana. Formadas por técnicos competentes, as equipes de transição do atual e futuro Governos já começaram a se reunir e devem aprofundar as discussões nas próximas semanas.
De sua parte, o governador Tião Viana vem constantemente divulgando suas ações e estatísticas sobre sua gestão, sem nada a esconder ou temer, Como vem tomando algumas medidas amargas, como demissões de funcionários comissionados, para facilitar seu substituto.
Evidentemente que o governador eleito e sua equipe têm o direito de contestar dados, de se contrapor com o plano de governo que pretende desenvolver no Estado, o que faz parte do processo e de um dos princípios básicos do regime democrático, que é alternância do poder.
No entanto, na atual conjuntura pela qual ainda passa o país de intolerância e até mesmo de ódio, com um presidente destrambelhado que insiste alimentar todo tipo de preconceito que se julgava superado, o Acre pode e deve dar um exemplo de civilidade. Revanchismos, agressões gratuitas em nada contribuem para o desenvolvimento e a cultura de paz que se quer criar no Estado.