Devem surgir provocações de alguns setores políticos oportunistas, mas a rigor nada além do que se previa e se sabia foi apresentado ontem pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) ao governador eleito Gladson Cameli sobre a situação fiscal do Estado.
Há sim problemas sérios no relatório apresentado, como os gastos com pessoal que ultrapassaram a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal em todos os poderes e, talvez, no próprio TCE, em função dos sucessivos cortes dos repasses constitucionais pelo Governo Federal. Assim como é crítica a situação da Previdência Social.
Em compensação, o atual Governo entregará ao seu sucessor o pagamento do funcionalismo público em dia, o que poucos estados, inclusive os tidos como mais desenvolvidos conseguirão delegar aos seus sucessores.
O governador eleito Gladson Cameli sabe que a situação financeira do Estado é crítica, mas em várias oportunidades tem dado demonstrações de maturidade sem apelar para atitudes revanchistas.
Como ele e sua equipe de transição sabem que deverão adotar algumas medidas amargas, como a redução do número de secretarias e órgãos públicos, como terá que fazer cortes nos repasses dos vários poderes em situação privilegiada no contexto geral do Estado.
O importante a se destacar é que até então o processo de transição tem sido conduzido pelo atual e futuro Governos de forma republicana, cordial mesmo e que assim prossiga, sem nada a temer ou esconder.