Alguns setores políticos e da mídia estão fazendo uma exploração indevida e calhorda em torno dessa reforma administrativa de demissões de cargos comissionados e redução de secretarias deflagrada pela prefeita da Capital, Socorro Neri, como se fora uma ruptura ou desforra contra seu antecessor e o partido pelo qual ela também chegou ao poder.
Em nenhum momento, ao anunciar a medida, a prefeita fez qualquer referência ou crítica ao seu antecessor. Destacou apenas que a reforma se faz necessária porque os recursos constitucionais ou arredados através de impostos não cobrem os custos das despesas e são insuficientes para prestar os serviços essenciais como os da Saúde e Educação e obras de infraestrutura necessárias para a cidade.
Como já se assinalou, são medidas que estão sendo tomadas no país inteiro, pelo menos por gestores responsáveis, devido à crise econômica que se aprofundou com o atual Governo Federal e deve quem sabe até se aprofundar com o que virá a partir de janeiro.
Até prova em contrário – e, talvez, fosse oportuno que a prefeita se manifestasse a respeito – ela tem demonstrado maturidade e tem mantido sua fidelidade com seus aliados, tanto o ex-prefeito Marcus Alexandre, como ao governador Tião Viana que vem apoiando sua administração com várias obras espalhadas pela cidade.
A questão é que para esses segmentos políticos e da mídia a campanha ainda não acabou e querem agora agradar os futuros governantes, como reles serviçais e bajuladores.