É impressionante e revoltante a insistência com que o presidente eleito Jair Bolsonaro vem tratando a questão ambiental em quase todas as entrevistas que vem concedendo antes mesmo de assumir.
Em sua falta de conhecimento e concepção atrasada e tacanha, tem dito e repetido que em seu Governo o meio ambiente será tratado como questão secundária, sem interferir no desenvolvimento do agronegócio, o que significa que o país regredirá à década de setenta ou mais.
Ou seja, a sociedade brasileira e o mundo civilizado assistirão novamente a devastação de suas reservas florestais e os conflitos sangrentos pela posse de terra entre os grandes proprietários, grileiros contra os pequenos e médios produtores rurais e os povos indígenas.
Evidentemente que essa concepção perversa e criminosa tem tudo a ver com a Amazônia e por inclusão com o Acre. É recomendável, pois, que os governos locais, mas, sobretudo os movimentos sociais, os agricultores, as comunidades indígenas comecem a tomar posições para enfrentar e defender seus interesses para não serem massacrados por essa onda de destruição e violência que está sendo incentivada por este mentecapto.
O Acre, de modo particular, já deu demonstrações suficientes que é possível conciliar a preservação de sua floresta com o desenvolvimento, mesmo o agronegócio, com a pecuária. Resistir, portanto, é preciso.