Um pouco tardia, mas elogiável e, sobretudo, necessária essa operação deflagrada pelo Ministério Público com ações no Acre e mais 14 estados, que teria desarticulado uma das chamadas células da facção criminosa PCC.
Um pouco tardia, porque nesse tempo em que esses grupos migraram de São Paulo, do Rio de Janeiro e de outros centros para as regiões Norte e Nordeste para se fartar do narcotráfico que entrava livre pelas fronteiras, a criminalidade aumentou significativamente nesses estados, deixando um rastro de sangue, atingindo, sobretudo, a juventude que foi aliciada por essas facções.
Um pouco tardia também, porque não faltaram advertências sobre essa grave questão. E, neste aspecto, não há como não reconhecer o empenho do governador Tião Viana que reuniu os governadores de vários estados, chamando, clamando e denunciando a omissão do Governo Federal em cumprir com sua obrigação constitucional de vigiar as fronteiras.
Mesmo assim, com a mesma determinação, o governador destinou recursos às forças de segurança locais, que passaram a dar um combate sem tréguas e com inteligência a esses grupos criminosos. Os resultados começam a aparecer com a diminuição dos índices de homicídios e o desmanche dessas facções com ramificações em todo o país.
Um bom trabalho foi feito e agora a conferir o que o próximo Governo fará para combater esses grupos criminosos, com o super ministro da Justiça Sérgio Moro que até agora parece desconhecer ou ignorar a dimensão do problema.