O alarde que se criou, a nível nacional, com barragens e construções afins após a tragédia de Brumadinho/MG é algo que pode ser proveitoso. Pode ser encarado como uma superexposição do famoso ditado “é melhor prevenir do que remediar”.
E tal preocupação chegou também ao Acre. Por isso, o presidente do Instituto de Meio Ambiente (Imac), André Hassen, fez alguns esclarecimentos sobre as 1.658 unidades de barragens existentes no Estado. Segundo ele, tais construções são feitas em açudes de áreas rurais e, em sua maioria, para uso da piscicultura.
As barragens acreanas não representam riscos à vida humana, e apenas 13 teriam potencial para causar algum tipo de dano ambiental. Mesmo sendo de responsabilidade dos proprietários das terras, o Imac garante a fiscalização delas, e até promete fazer essa averiguação mais de uma vez por ano. Algumas chegam até a ser danificadas, em período chuvoso, mas nem se nota suas avarias.
Portanto, o que aconteceu em Brumadinho/MG é uma tragédia ambiental de proporções catastróficas. Matou pessoas e animais, além de dizimar ecossistemas inteiros. O caso de lá, assim como o de Mariana/MG, servem como fortes sinais de alerta para os riscos de barragens mal cuidadas. E o Acre deve ouvir essa alerta. Mas tomar cuidado não se justifica em nenhum tipo de alerta exagerado de que estamos em risco de correr o que aconteceu, duas vezes, lá em Minas Gerais. O Acre é o Acre. MG é MG! E pronto. Não se pode fomentar qualquer pânico em cima disso.