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Decretar ou não decretar, eis a questão

Os tempos são complicados. Exigem contramedidas extremas e urgentes. O estado de calamidade financeira não oficializado, mas já esboçado pela nova equipe de governo pode até ser encarado por alguns como algo catastrófico. Um fato administrativo que pode ser levado com negatividade ao campo político. Mas não é bem assim.
Trata-se de uma medida natural perante a este cenário econômico instável. O Estado ainda sofre de um déficit orçamentário na casa dos R$ 633 milhões. É um valor muito alto, que poderia ser sanado em alguns meses, se não fosse a tendência atual de que o Acre gasta mais do que arrecada. Economias foram anunciadas, mas ainda não foram sentidas. Mais medidas de austeridade devem ser tomadas para o equilíbrio nas contas.
É preciso ter paciência e cautela para lidar com esse cenário. De forma um tanto antecipada, sete Estados brasileiros (incluindo os gigantes RJ, MG e RS) já sinalizaram a tomada desta medida. Talvez porque neles a situação esteja pior.
O governo acreano deve seguir acompanhando de perto as movimentações dos repasses federais e a arrecadação de janeiro. Só assim vai ser capaz de avaliar a real necessidade de assumir um desgaste político maior, a partir da decretação de um eventual estado de calamidade financeiro, gastando mais tempo com críticas a gestão petista anterior.
Esta questão precisa ser resolvida antes de se pensar nos projetos futuros para o Acre.

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