Atletas do futebol acreano conseguiram destaque nacional, ao obterem a proeza inédita de se classificar até a 3ª fase da Copa São Paulo de Futebol Jr., maior torneio nacional Sub-20 do país. Apesar das limitações financeiras, os “meninos do Imperador” foram aguerridos. Tiveram boa campanha, mas foram vencidos pela base do milionário Palmeiras, mesmo clube que se solidarizou e pagou o retorno do Galvez para o Acre.
A história foi como uma espécie de “conto de fadas”. Lindo de se ver. É uma pena que tenha chegado ao fim. A trajetória do Galvez poderia ser vista como alerta de que aqui no Acre temos atletas em potencial. Jovens que sonham em ter no esporte um futuro brilhante, e que poderiam até “vingar”, se não fosse a falta de estrutura local pra isso.
Essa agenda oficial do ministro dos Esportes, Osmar Terra, para inaugurar o Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), em Cruzeiro do Sul, deveria representar um “marco zero”, uma aposta maior na prática de esportes para a população. Não só visando a prevenção de doenças e do sedentarismo, mas também com foco no afastamento de jovens das garras do crime e, sobretudo, na profissionalização de atletas amadores.
É preciso, também, investir em olheiros, e em agenciamentos para levar as promessas acreanas para os lugares certos, com segurança. Esses meninos do Galvez, talvez se estivessem em outros centros urbanos com mais recursos, ligações e tradição no futebol, poderiam ser os próximos goleiros Weverton. Talentos não podem ser desperdiçados.