Uma ótima agenda, de grande potencial econômico, foi realizada na última terça-feira, 8, entre empresários com o governador Gladson Cameli e o senador eleito Marcio Bittar (MDB). O objetivo for abrir um diálogo para estudar a viabilidade de um intercâmbio comercial entre o Brasil e o Peru, por meio do Acre.
O encontro abordou a ideia central de operar 120 voos diários de transporte de carga de Cruzeiro do Sul à cidade peruana de Pucalpa, um trajeto de duração média de 20 minutos, com custo baixo, representando uma abertura não só para o comércio peruano, mas também para o asiático, já que o país vizinho tem litoral com o Pacífico.
Se a iniciativa der certo, era exatamente isso que o Estado precisava para driblar a atual conjuntura econômica. Cai como uma luva, inclusive, em qualquer novo planejamento que a gestão do novo governador, Gladson Cameli, almeja implantar no Acre. Carne, milho, soja, castanha… Seja o que for, mas sendo de qualidade, são produtos típicos, regionais, que podem cair no gosto dos peruanos e, na sequência, dos asiáticos.
O Acre força e se esforça para se integrar aos demais eixos do Brasil, mas a verdade é que, na visão das regiões Sul e Sudeste, nunca deixamos de ser um dos “Estados lá dos fundos”. Então, por que não se aventurar no estreitamento de laços comerciais com o Peru e com a Bolívia? Por que não usar a localização geográfica acreana no mapa como algo positivo, producente, e deixar pra trás o estigma de “fim de mundo”?