O trágico acidente entre dois jetskis ocorrido no último sábado, 12, no Rio Acre, ganhou mais um fato lamentável. Além de tirar a vida da jovem Maicline da Costa, 26 anos, de forma brutal, a colisão fez a irmã sobrevivente, Hinaura Costa, que estava grávida de quatro meses, perder o bebê. O procedimento de retirada do feto foi feito ontem, 15.
Não foi o primeiro, nem será o último caso fatal envolvendo tais veículos. Está longe disso. Não é preciso ser vidente para afirmar que estes incidentes ainda vão ocorrer em Rio Branco, enquanto as autoridades competentes de fiscalizar o tráfego de lanchas e, principalmente, de jetskis não fizerem nada além de se evadir de tal responsabilidade.
Não conheço ninguém que algum dia já tenha sido autuado ou sequer fiscalizado por pilotar lanchas ou jetskis no Rio Acre. Tampouco posso dizer que algum dia tive notícias da realização de patrulhamentos da Marinha nos trechos do Rio Acre onde há a prática de jetski. E, pelo visto, só a comoção dos casos fatais envolvendo tal esporte não é suficiente para coibir a imprudência nas manobras e manuseio de seus praticantes.
Com essas duas vidas perdidas (Maicline e o bebê de Hinaura), somadas à tragédia da jovem Bárbara Bruna, em janeiro de 2017, já configura a estatística de três óbitos em três anos. Acredito que já seja o suficiente para rechaçar a hipótese de “casos isolados”. Trata-se de uma nova preocupação que nossas autoridades precisam ter. Se a Marinha não vai cuidar disso, bom, então, algum outro órgão vai ter que assumir esse papel.