Dois casos de polícia chamaram a atenção neste final de semana. O primeiro foi de um rapaz de 24 anos, Alisson Goes, que, armado, invadiu uma chácara na zona rural de Rio Branco e roubou uma televisão. Só que depois a vítima o encontrou com a TV e travou luta corporal com o suposto ladrão, disparando a arma contra Goes. O segundo caso foi de um casal baleado com tiro de escopeta após entrar de penetra em uma festinha.
As reações a ataques de bandidos tem sido maior no Acre ao longo deste mês. Isso é perceptível não só no revide das autoridades policiais, como também da população.
A primeira situação foi bem emblemática. O segundo caso, por sua vez, não passou de um excesso da posse de arma, tanto é que o dono da festa acabou preso.
O governo Bolsonaro escancarou esse direito à legítima defesa da vida e também do patrimônio como bandeira de campanha. E as pessoas incorporaram isso. É perceptível o sentimento popular de querer se defender diante da ação de criminosos.
Antes se temia a burocracia que amparava esse revide. Agora, parece não haver mais esse temor. E não há nada de errado com isso. Só uma ressalva deve ser feita: nem todos os bandidos, nestes tempos em que vivemos hoje, são “peça avulsa”. Eles se articulam em facções organizadas. E atingir alguns desses membros pode resultar em retaliação. A polícia está pronta para lidar com as facções. Mas, será que o cidadão comum está?