Depois da farra do iate e da farra das passagens áreas, a sociedade acreana presencia agora a “farra das nomeações”. A palavra é dura e, no contexto político, inevitavelmente pejorativa.
Mas, é assim que tem sido comentadas as sucessivas alocações do novo governo para parentes e amigos do governador e apadrinhados políticos da coligação que o elegeu.
Em todas as secretarias, a insatisfação é grande entre servidores e até mesmo entre gestores, visto que, mesmo diante de salários atrasados e cortes duros de despesas, dizem eles, as polêmicas nomeações tem se tornado prioridade.
Após menos de dois meses no governo, o que se vê é que o apoio até então incontestável e incondicional da população a Gladson Cameli começa a tomar novos rumos.
Virar vidraça faz parte do ônus do poder. E o governador, certamente, sabe ou deveria saber disso. Sabe também que, por vezes, receberá críticas injustas.
Neste caso, entretanto, não pode virar as costas e fechar os ouvidos para o que diz a opinião pública. Principalmente, quando as cobranças dizem respeito à conduta ética e moral que ele tanto defendeu.