É muito preocupante essa evasão de filiais de grandes empresas do Acre. O Supermercado Gonçalves, empreendimento rondoniense que estava há décadas aqui no Estado, já fazia parte dos lares e da história recente de muitas famílias acreanas, deu o pontapé inicial. Agora, outras empresas, como as Lojas Romera e a Livraria Nobel, estariam avaliando tal possibilidade.
A saída de grandes empreendimentos representa uma porta que se fecha para a população acreana, tanto em termos de trabalho, quanto de geração de renda. Significa menos empresas no mercado, abrandamento na concorrência, reduz as oportunidades e opções de compras. Além disso, detona carreiras e atira vários trabalhadores na vasta fila do desemprego.
Em síntese, é um enfraquecimento do setor privado, e mais estímulo para a dependência do setor público, que também sofre, e muito, com a crise econômica em que o Brasil está jogado.
Nas últimas eleições, muito se falou em diminuir a alta carga tributária sobre as empresas, em desburocratização, em incentivos. Mais do que nunca, essa é a hora para tudo isso e muito mais sair do plano das promessas de campanha e virar realidade. Caso contrário, perderemos cada vez mais empreendimentos, e haverá consequências econômicas disso.