O caso dos problemas de saúde envolvendo adolescentes acreanas hipoteticamente após tomarem a vacina de HPV voltou aos holofotes, de onde nunca deveria ter saído. Um grupo de familiares das vítimas (crianças e adolescentes com convulsões, paralisia e outros sintomas) se manifestou na Aleac, e foi prontamente recebido pela Comissão de Saúde da Casa.
A motivação para este ato é que, desde que a situação foi exposta, muito se prometeu de respostas para essas mães. Mais de um ano depois, nada aconteceu. Nem respostas, e muito menos encaminhamentos de tratamentos para tentar reverter o quadro das vítimas.
É verdade que não há qualquer tipo de ligação concreta do estado de saúde dessas jovens como efeito colateral da vacina. De fato, o próprio Ministério da Saúde abriu investigação para auferir tal comprovação. Mas, o fato é que essas crianças estão sofrendo, acamadas, perdendo “a melhor fase de suas vidas”. E só o que têm em comum é que tomaram a tal vacina.
São vidas que estão em jogo. Se há uma probabilidade, mesmo que remota, de ser a vacina a causadora destes efeitos, algo deve ser feito a respeito. A investigação demora? Sim, é algo complexo, demanda tempo. Nada fora do normal. Mas não é aceitável ficar tudo como está. Essas adolescentes merecem ter prioridade em atendimentos, exames, remédios e o que mais for necessário para melhorar a sua qualidade de vida, enquanto a verdade não vem à tona.