A ansiedade toma conta dos aprovados nos concursos das polícias Civil e Militar do Acre. E não é para menos. Desde que fizeram o certame, já são dois anos de espera, e nada da tão sonhada convocação. Dois anos de nada além de expectativas.
A gestão de Gladson Cameli abraçou essa causa assumindo compromisso para com os concursados. A Segurança Pública foi bandeira de campanha de Gladson, nas eleições de outubro. E agora combater o crime organizado é uma de suas prioridades. Diante disso, é óbvio que contar com esses novos agentes nos quadros das nossas polícias seria bom para todos: para os aprovados, para o governo e, sobretudo, para a população.
Mas, a cautela para lidar com essa questão é justificada. Assim como abraçou este compromisso junto aos concursados, o governador tem outro forte dever que é não deixar o Estado quebrar. Se o momento atual não comporta mais admissões, se mais pessoal pode representar o risco de um desequilíbrio nas contas públicas, o governo estadual tem que ser responsável, deixar o populismo de lado e contar com a paciência de todos.
Quanto aos aprovados, cabe a eles continuar se organizando e pedir para não serem esquecidos. Estão corretíssimos em ficar no pé do governo, cobrando e fazendo manifestações. Só assim, quando o cenário melhorar, a convocação deles estará em primeiro lugar na fila, como prioridade máxima para sair do papel.