Os discursos dos gestores do Acre e Rio Branco, governador Gladson Cameli e prefeita Socorro Neri, ontem, durante a abertura dos trabalhos da Câmara Municipal, de certa forma, combinam com o cenário econômico atual. É preciso fazer o máximo possível, com o mínimo de recursos disponíveis, contendo gastos e pautado na austeridade para com os cofres públicos.
Não é jargão político de partido A ou de partido B. O Brasil inteiro, principalmente os Estados e Municípios, estão quebrados. A gestão petista dizia isso. Saiu do poder. E as novas gestões que assumiram, Bolsonaro no Governo Federal, e Gladson no estadual, chegaram insistindo na simples constatação do mesmo fato: “estamos falidos”. É o preço que se paga por décadas e mais décadas, séculos e mais séculos, de corrupção.
A prefeita Socorro Neri deixou bem claro que o grande desafio deste ano é contornar a crise, driblar as restrições orçamentárias, para seguir com as ações em prol da cidade. Também não adianta recorrer a medidas como a decretação do estado de calamidade financeira, como bem refutou o governador Gladson Cameli, se o Estado é incapaz de atingir um equilíbrio financeiro entre receita e despesa.
De fato, a máquina pública não pode parar. Mas, nada a impede de operar sob restrições. Pode até não ser o discurso ideal para a população. Transparece um leve sabor amargo em tais perspectivas. Mas são necessárias. Sacrifícios são necessários, da parte de todas as instituições. Do contrário, vira uma bola de neve, capaz de congelar tudo e todos.