Péssima hora para acontecer este incidental, porém calamitoso desmoronamento de parte de uma ponte sobre um córrego na BR-364. O trecho crítico desta vez foi em Caucalândia/RO, só que o maior efeito vai ser sentido para os acreanos.
É que, com o tráfego interrompido em qualquer parte da estrada, e sem rotas alternativas – já que o mês é de chuvas e estas estão debaixo d’água -, a sina do Acre é o isolamento.
Motoristas de transportadoras e caminhoneiros já estão com mercadorias paradas em Rondônia. O risco de desabastecimento é concreto, se não for tomada nenhuma medida, nem que seja esta paliativa. O fantasma de 2014 volta a assombrar nosso Estado.
O episódio mostra também que já se passaram 4 anos, mas parece que pouco ou quase nada o Acre aprendeu com aquela terrível crise do desabastecimento. Muito se investiu em obras e mais obras para elevar a BR, refazer trechos, correr com as obras da ponte sobre o Rio Madeira… e tudo isso até amenizou o problema, mas também serviu para comprovar que a natureza sempre vai achar um novo jeito de nos isolar novamente.
Fato.
O Acre precisa aceitar isso, e buscar válvulas de escape. Ter rotas para importar gasolina do Peru, e apostar mais alto na sua produção interna. Talvez esse seja mais um sinal da necessidade de investimentos pesados no Agronegócio. Mais do que nunca, precisamos de cadeias produtivas capazes de nos autosustentar.