Bonitos de se ver os discursos oficiais sobre desenvolvimento, no desenrolar da chamada “agenda do agronegócio”, que teve mais um capítulo, ontem, com a visita do vice-governador de Rondônia e de empresários do Estado vizinho, para fortalecer as parcerias com os empresários locais.
Governador Gladson Cameli fala da “salvação econômica” do Acre; do aquecimento da economia; de um plano arrojado de negócios e da superação de entraves burocráticos que estão impedindo o Estado de crescer.
Tudo que, em discursos de campanha, era tudo o que o empresariado e a população queriam ouvir.
Passados os primeiros 40 dias de governo, entretanto, esse mesmo público começa a ouvir as promessas com um pé atrás.
Distante dos holofotes, o fato é que o setor produtivo e muitos eleitores já começam a criticar a falta de desenvoltura da equipe de governo para dialogar e lidar com as questões práticas, que afetam diretamente a economia e o dia a dia da população.
Ainda é cedo (e injusto) para condenações sumárias. E o otimismo manda sempre acreditar nas boas intenções.
Mas, com o passar dos dias, vai ficando claro que somente o carisma e os discursos não serão suficientes para enfrentar a vida real.