A recomendação do Ministério Público do Acre para que o governador Gladson Cameli exonere Vagner Sales, Alércio Dias e James Gomes, não deve ser visto como algo impositivo. Como o nome bem diz, trata-se de uma recomendação. Não deve ser ignorada, mas sim analisada com maior zelo e imparcialidade pela gestão governamental.
Os nomes em questão, de fato, respondem processo e já tiveram condenações nos cursos destes por improbidade administrativa no âmbito da Justiça Estadual. Isso quer dizer que os três são corruptos? Não. É muito cedo para emitir tais juízos de valor ou pré-julgamentos. Isso só será provado, ou não, com o veredito final da Justiça, mais adiante.
Por ora, o que deve se levar em conta é que os três – Sales, Dias e James Gomes – são figuras públicas e que, devido às denúncias as quais respondem, estão sob suspeitas. Isso é fato, não brechas para dar abertura a debates e discussões.
A recomendação do MP/AC é prudente. Não tem por finalidade subliminar ditar quem o governo nomeia ou não nomeia. Esse não é o papel do MP, e tal ideia não resta configurada na sua recomendação. Trata-se apenas de um “conselho” sensato. Ouvi-lo ou não é uma escolha, que pode ou não ter consequências, assim como quase tudo na vida.