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A morte não costuma esperar

Triste a notícia sobre a morte de mais um paciente, por infarto, na rede pública de Saúde, pela demora na realização de um procedimento de cateterismo.


O caso do idoso de 74 anos ficou conhecido quando, há 20 dias, o filho dele se acorrentou, na entrada do Pronto Socorro, para chamar atenção das autoridades sobre o problema de saúde e o risco que o pai corria.
À época, o tipo de procedimento estava suspenso, no sistema público, devido ao atraso, há meses, no repasse do convênio com a clínica particular e o Hospital Santa Juliana, responsáveis pela realização do serviço.
Após o protesto, o idoso chegou a ser transferido para o Hospital do Idoso e, segundo consta, deveria realizar o cateterismo, nesta terça-feira. Mas, não deu tempo. Pois, como se sabe, a morte não costuma esperar.
Para a família, fica a dor do luto e, de modo compreensível, a indignação por algo que, quem sabe, poderia ter sido mudado.
Para o governo, sabemos, é apenas mais um para as lamentáveis estatísticas da Saúde.
E como cobrar e sonhar não custam nada, fica a expectativa de que o caso não seja visto como uma simples fatalidade, mas como uma lição, ou, ao menos, um alerta para as inúmeras ações urgentes que não podem mais ser adiadas.

 

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